É com grande orgulho que apresentamos a programação de estreia do Sala Cult, mais um importante espaço para o cinema independente em Jundiaí.
O projeto voltado para os amantes do cinema, tem a proposta de exibir apenas grandes filmes, ignorados ou pouco valorizados pelo circuito comercial. E são justamente esses os favoritos dos verdadeiros cinéfilos.
Nesta programação inaugural do Sala Cult, selecionamos 4 filmes que representam de formas diferentes a essência da sétima arte, a paixão. Essa paixão que move grandes diretores, atores, roteiristas e tantos outros artistas envolvidos no fazer cinematográfico, com o único objetivo de chegar aos verdadeiros apreciadores de cinema, como você.
Disse Fellini que “o cinema é um modo divino de contar a vida” e não dá para falar de cinema sem lembrar seus primórdios, por isso o filme que abre oficialmente o Sala Cult é “Lumière, A Aventura Começa” – filme que é um tributo do diretor Thierry Frémaux aos irmãos Louis e Auguste Lumière, que em 1895 captaram as primeiras imagens em movimento.
A escolha desse filme para a estreia do Sala Cult não poderia ser mais significativa. “Lumière, A Aventura Começa” é o cinema em seu início. Os primeiros planos, as primeiras concepções visuais, as primeiras fotografias encadeadas e exibidas uma após a outra em uma velocidade que cria essa ilusão de movimento que chamamos de cinema.
Thierry Frémaux, que é também diretor do Instituto Lumière e do Festival de Cannes, reúne 108 filmes feitos por aqueles que são os criadores do cinematógrafo, restaurados em 4K.
Narrado pelo próprio Frémaux e com a participação especial de Martin Scorsese, será exibido nos dias 22, 23,`as 19 horas e 24 de fevereiro, às 16 e as 19 horas.
Na sequência teremos “Em Busca de Fellini”, filme de estreia do sul-africano Taron Lexton. Trata-se de uma assumida homenagem a Federico Fellini, construída a partir do fascínio que a personagem Lucy (Ksenia Solo) passa a alimentar após assistir a um filme do cineasta italiano.
A garota americana, tímida e com uma mãe super protetora, parte para a Itália com o objetivo de conhecer o icônico diretor. Uma viagem que se transforma em uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento, vivendo situações alinhavadas por referências a personagens e cenas dos filmes.
“Em Busca de Fellini” será exibido no dia 25 de fevereiro às 16 e às 19 horas e nos dias 01,02 e 03 de março, às 19 horas.
O cineasta francês Thomas Lilti assina o terceiro filme da programação do Sala Cult. “Insubstituível”, um delicado drama sobre a última idade, o profissionalismo e a importância do carinho em nossas vidas.
Estrelado pelo francês François Cluzet, em uma brilhante atuação, o filme conta a história de um médico que enfrenta uma grave doença e precisa se reinventar no seu lado profissional para continuar a cuidar de seus pacientes em uma cidadezinha no interior da França.
Buscando um pouco de descanso em sua meticulosidade que beira ao perfeccionismo, Jean-Pierre precisa de um substituto para tantas funções que exerce e assim chega ao lugar a ex-enfermeira e agora quase doutora Nathalie (Marianne Denicourt) que precisará enfrentar a rabugentice detalhista do experiente doutor para provar seu valor.
Envolvente e emocionante, “Insubstituível” será exibido dia 04 de março às 16 e às 19 horas, dias 08 e 09 às 19 horas e 10 de março às 16 e 19 horas, no Sala Cult.
A vida da filósofa e psicanalista Lou Andreas-Salomé (1861-1937) foi fascinante, para dizer o mínimo. Seu pioneirismo na psicanálise e no estudo da sexualidade feminina, sua vida amorosa com os filósofos Friedrich Nietzsche e Paul Rée (com quem viveiu um triângulo amoroso) e com o poeta Rainer Maria Rilke, e sua convivência com Sigmund Freud, revelam uma mulher brilhantemente transgressora e muito à frente de seu tempo.
Filme de estreia da diretora Cordula Kablitz-Post, “Lou” começa mostrando uma fogueira com livros sendo queimados, enquanto o áudio reproduz um discurso de Hitler condenando a psicanálise e outras expressões intelectuais às chamas.
Renegada às sombras da eternidade, como é muito comum a várias mulheres na história da humanidade, Lou Andreas-Salomé vem sendo redescoberta como um dos grandes nomes do feminismo.
Ela é personagem central da trama e à sua volta gravitam alguns dos homens mais brilhantes de todos os tempos. Uma das cenas mais simbólicas do filme mostra Lou sobre uma carroça “puxada” por Rée e Nietzsche, reprodução de uma imagem que ficou famosa e correu o mundo na época.
O imperdível “Lou” será exibido no Sala Cult dia 11 de março às 16 e às 19 hora, dias 15 e 16 de março às 19 horas e dia 17 de março às 16 e 19 horas.
3 respostas
Como participar?
Temperos de Cinema , thanks a lot for the article post.Much thanks again. Fantastic.
Objetivo, ético, brilhante, esclarecedor e contagiante. Parabéns eterno Mestre Dr. Walter Motta Ferreira.