O “Rodin”, de Jacques Doillon, teve sessão de honra em Cannes mas os jornalistas não receberam bem o primeiro filme que segue uma estrutura clássica e mostra o mito como um homem sedutor e genioso.
O pai da escultura moderna, Auguste Rodin (1840-1917), aparece pela primeira vez como protagonista. Ele foi personagem secundário em dois filmes sobre sua amante mais famosa: o drama “Camille Claudel”, de Bruno Nuytten (1988), com a bela Isabelle Adjani e “Camille Claudel 1915”, de Bruno Dumont (2013), com a também belíssima Juliette Binoche.
Apesar de ser um talento precoce, Rodin foi 3 vezes rejeitado pela Grand École de Paris e só depois de uma temporada na Bélgica e viajando à Itália para estudar minuciosamente a escultura clássica, ele consegue a encomenda de um grande trabalho em seu país, uma série de esculturas realizadas para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas, que consolida seu nome entre os grandes mestres.
É esse Rodin de 1880 a 1890, no auge de sua carreira, que aparece no filme de Doillon em um roteiro baseado nos registros de outros artistas que conviveram com ele (como Paul Cézanne e Claude Monet, entre outros), pois o próprio Rodin deixou pouquíssimos registros de sua vida.
Estrelado por Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele e com uma trilha sonora primorosa, “Rodin” pode não ter agradado os jornalistas franceses mas certamente encanta os que são apaixonados por artes plásticas e os cinéfilos que apreciam uma produção extremamente bem cuidada.
Este é o filme deste final de semana, 04 e 05 de novembro às 11 horas e também na terça-feira, dia 07 de novembro às 14 horas.
Ficha Técnica
Título: Rodin
Título Original: Rodin
Direção: Jacques Doillon
Elenco: Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele
Fotografia: Christophe Beaucarne
Música: Philippe Sarde
Gênero: Drama biográfico
País de Origem: França
Recomendação etária: Acima de 12 anos
Distribuição: Mares Filmes